JOSÉ BONIFÁCIO E D. LEOPOLDINA NUNCA TIVERAM NADA ALÉM DA AMIZADE.
A novela “Novo Mundo” que estreou no dia 22 de março de 2017 usou uma licença poética para dar mais emoção a novela. Criaram um romance fictício entre a Imperatriz Leopoldina e o ministro do império José Bonifácio de Andrada e Silva.
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Acontece que muitas pessoas acabaram acreditando que realmente Dona Leopoldina teve um caso amoroso com José Bonifácio, o que não é verdade, tudo isso é ficção. Não existe nenhuma carta, relatório ou documento da época que diz algo a respeito desse romance fictício. Em hipótese alguma Dona Leopoldina teve algo além da amizade com José Bonifácio. Tudo isso foi inventado no roteiro da novela em meados de 2016.
Licença poética: É uma incorreção de linguagem permitida na arte. Em sentido mais amplo, são opiniões, afirmações, teorias e situações que não seriam aceitáveis fora do campo da literatura. Histórias inventadas para dar mais emoção a dramaturgia que não correspondem em nada com a realidade.
A Imperatriz Maria Leopoldina de Habsburgo-Lorena era uma mulher extremamente católica e religiosa, criada em uma corte onde as mulheres eram muito recatadas. Jamais Dona Leopoldina pensaria em trair Dom Pedro I, essa licença poética pode ter sido até mesmo uma ofensa a memória da nossa amada imperatriz.
Outro ponto que podemos observar é a diferença de idade entre José Bonifácio que nasceu em 1763 e Dona Leopoldina que nasceu em 1797, ou seja 34 anos de diferença.
No Brasil, José Bonifácio era uma das únicas pessoas na corte que falava alemão fluentemente, além disso ele se interessava por ciências naturais, o que fez o velho Andrada e a jovem imperatriz desenvolverem uma amizade sincera. (Sem contar que José Bonifácio era inimigo político da família Castro, a qual Domitila de Castro era descendente, José Bonifácio odiava Domitila).
A Imperatriz Leopoldina via José Bonifácio como um sábio ancião a quem ela devia respeito, como uma figura paterna. Não existe nenhuma carta, relato, ou prova de que esse “romance fictício” existiu.
